
Pois é,eu também nunca tinha ouvido falar!
Um dia num consultório médico ouvi soar essa palavrinha simpática.
Soube superficialmente o que era através do médico.
Ao chegar em casa me joguei nas pesquisas porque estava vivendo uma fase GRAVING e precisava entender melhor essa minha nova fase com esse nome tão chique.
Leia a pesquisa e veja se você também não anda nessa fase.
CRAVING, em analogia à busca ansiosa por uma substancia em particular. É caracterizado por um ataque súbito e irresistível para comer com urgência um alimento, fora das refeições, normalmente busca-se alimentos como chocolate, doces, sorvete ou ricos em carboidratos e gorduras.
O CRAVING deve ser visto do ponto de vista físico e psicológico. Grande parte das calorias do chocolate provem de carboidratos, que interferem na produção de serotonina, neuro transmissor que modula o sistema nervoso. Outra porção provem da gordura, que elevaria os níveis de endorfina, substancia que produz prazer e alivia a tensão. Além da presença de cafeína e da teobromina (componente do cacau) o chocolate contem feniletilamina, que eleva a produção de endorfina.
Só que essa reação bioquímica é imediata e se processa com pequenas quantidades de chocolate. Se a pessoa está em processo de emagrecimento, provém a culpa, a ansiedade como consequência de ter comido, a sensação de descontrole, o medo de “ter estragado tudo” e esse novo desconforto leva a um ato compulsivo.
A maioria das pessoas associa o chocolate, os doces, sorvetes a momentos felizes de suas vidas e, em situações de desconforto interno, como ansiedade, stress ou depressão pode voltar-se automaticamente para esse lenitivo. O alimento, desde a mais tenra idade, constitui o primeiro ansiolítico e antidepressivo. Quando o bebe chora, esperneia por fome, raiva, dor ou o que quer que seja, é tratado com leite materno ou mamadeira, mais acalanto e calor do corpo da mãe. Essa associação cria um “atalho” cerebral em nível emocional muito precoce e poderoso (não esqueçamos que no período de amamentação o cérebro emocional está formado, mas o racional ainda não) e que poderá ser indevidamente disparada, movida, talvez, por fragmentos de estímulos, semelhantes à situação original, e dos quais não temos acesso racional. Estímulos internos sub liminares de desconforto levam a esses alimentos que aliviam provisoriamente esse mal estar e “solidificam” essa antiga associação.
Alguns “chocolatras” que necessitam emagrecer entram em depressão quando o chocolate é suprimido e abandonam a dieta, razão pela quais muitas nutricionistas incluem pequenas porções na reeducação alimentar.
Mas, quando o chocolate representa algo mais que isso, quando atua como lenitivo para emoções das quais a pessoa não tem consciência, deve ser trabalhada psicologicamente.
Fonte:Marco Antonio de Tommaso
É psicólogo e psicoterapeuta formado pela Universidade de São Paulo. Trabalhou no Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em São Paulo. É credenciado pela Associação Brás para Estudo da Obesidade. Atua como orientador das modelos agenciadas pelas Agências Elite e L'Equipe.