VISTA-SE DE ACORDO COM O SEU CORPO

Formal e feminino do estilista francês Yves Saint Laurent.
O smoking é uma escolha chique nos eventos sofisticados. Para dar glamour ao look e ganhar um ar sensual, dispense a camisa e use os cabelos presos com um coque simples.

O QUE USAR? ?

VISTA-SE DE ACORDO COM O SEU CORPO.

Depois da consagração da modelo Twiggy, fato que ocorreu nos anos 60, as mulheres cheinhas nunca mais tiveram sossego. Delas é cobrado, o tempo todo, um corpo longilíneo, magro, com poucas curvas e sem barriga. Ostentar algumas gordurinhas localizadas, jamais. Daí que as academias de ginástica, os consultórios de cirurgiões que realizam lipoaspirações (agora está na moda a lipoescultura) são muito procurados. Afinal, por que será que as cheinhas vivem sob pressão? Sempre foi assim? O que elas podem fazer para melhorar o visual, sem ter que recorrer às cirurgias caras, numa época em que há pouco dinheiro no bolso.

Bem, as pressões sobre as cheinhas atendem a um padrão estético vigente, onde elegância rima com magreza. Mas saibam que nem sempre foi assim. No século XIX, e mesmo durante a primeira parte do século XX, as cheinhas representavam o padrão de beleza vigente. Minha avó Maria costumava dizer que no seu tempo (ela havia nascido no final do século XIX) gordura era sinônimo de formosura. No tempo da minha avó Maria, que (Mais conhecida como Marieta) bebê magro sem dobras nos braços, sem dobras nas pernas, sem dobras nos pulsos, era um bebê doente ...

E as mulheres bonitas também eram cheinhas, e tinham, inclusive, fartos quadris e até uma (nem sempre tão discreta) barriguinha ... e as coxas eram grossas. Não precisa puxar muito pela memória para lembrar do visual, da estética de Martha Rocha, que perdeu o concurso de Miss Universo por ter algumas polegadas a mais nos quadris. Perdeu nos EUA mas foi consagrada aqui no Brasil e, até hoje, seu nome e sobrenome viraram sinônimo de beleza.

Atualmente, para melhorar o seu visual, a cheinha necessita se conhecer melhor e deixar de ser uma espécie envergonhada (grifo meu). Ela também necessita deixar de ser uma crítica severa de si mesma, parar de se olhar com muito rigor, e passar a ter mais intimidade com o seu próprio corpo, a fim de poder ter noções precisas sobre proporção, modelagem e cores que a favorecem. Trocando em miúdos, a cheinha necessita se respeitar como é.
(Ruth Joffily)
*Ruth Joffily é professora de História da Moda na Escola de Moda Cândido Mendes e ex-editora de Moda da Revista Manequim

SUGESTÃO:UM PRETINHO BÁSICO NUNCA DEVE FALTAR PARA TODAS AS OCASIÕES!